Ocorre que no Ceará, quando Camilo Santana, atual ministro da educação, era governador, a Assembleia Legislativa aprovou e ele sancionou o projeto que virou lei e proibiu o uso do avião agrícola naquele estado. O caso está no Supremo Tribunal Federal. Agricultores tentam derrubar a lei. Esse fato gera preocupação junto aos produtores rurais de todo o Brasil, ainda mais agora com a expansão do uso de drones para a pulverização de herbicidas, fungicidas e adubação líquida nas lavouras. O diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), engenheiro agrônomo Gabriel Colle, contesta o projeto e espera que siga o mesmo caminho do anterior, ou seja, o arquivamento, por falta de bases técnica e jurídica.
Cita ainda uma pesquisa na área da saúde do Ceará, onde a contaminação por agroquímicos aumentou 20% depois que as autoridades proibiram a pulverização aérea. Não há nenhuma comprovação científica que comprove aumento de risco de contaminação por avião agrícola, afirma Colle. O Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, só perde para os Estados Unidos. São 2.600 aparelhos, sendo 600 no Mato Grosso e 421 no Rio Grande do Sul. O volume de veículos dobrou nos últimos 10 anos. Além disso, esses projetos atingem o uso de drones, que é um equipamento que está ganhando cada vez mais espaço no setor. O controle do uso é muito eficiente pelas autoridades da viação. Elas sabem quem são os donos, os pilotos e a finalidade de uso de cada aparelho, explica o representantes do Sindag.
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