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Sul e Sudeste concentram 70% dos diagnósticos de câncer

INCA projeta mais de 700 mil novos casos por ano no Brasil e professor de nutrição do UniCuritiba fala sobre a influência da alimentação no surgimento da doença

A incidência de novos casos de câncer é crescente no Brasil e cerca de 70% deles estão concentrados no Sul e Sudeste. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 704 mil registros da doença devem ser feitos anualmente no triênio 2023-2025. Ou seja, mais de 2,1 milhões de brasileiros serão diagnosticados com algum tipo de câncer em três anos.
O câncer de pele não melanoma é o líder do ranking, com 31,3% de incidência. Na sequência estão o câncer de mama, próstata, cólon, reto, pulmão e estômago. Se considerado apenas o universo masculino, os tumores de próstata, cólon e reto somam cerca de 40% dos casos. Em mulheres, o câncer de mama lidera com 30,1%, seguido de cólon e reto (9,7%) e colo do útero (7%).
Segundo o INCA, ainda que o câncer não tenha causa única, oito em cada dez casos são desencadeados por fatores externos: estilo de vida, hábitos, comportamentos e mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem. Apenas 20% estão relacionados a questões internas (hormônios, mutações genéticas e condições imunológicas).

Estilo de vida e alimentação
As projeções do INCA reforçam a importância do Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) para alertar sobre a adoção de hábitos de vida saudáveis como forma de prevenir a doença. De acordo com o nutricionista Jhonathan Andrade, a alimentação é, sim, responsável pela prevenção ou aceleração de alguns tipos de câncer e já existem inúmeros estudos comprovando essa relação.
“Mesmo sabendo que o câncer é multifatorial, os hábitos alimentares podem influenciar no surgimento da doença ou piorar o estado nutricional de pacientes que estão em tratamento”, diz o professor do curso de Nutrição do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações de ensino superior do país.
O grande vilão, explica o especialista, são os excessos. “Alimentos ricos em gordura, açúcar, ultraprocessados, enlatados e embutidos devem ser evitados, assim como o álcool, o tabagismo, o sedentarismo e a obesidade.”
Segundo Jhonathan, outros fatores têm relação com alguns tipos específicos de câncer. O consumo de bebidas e alimentos muito quentes, por exemplo, podem contribuir para o surgimento do câncer de esôfago, assim como a falta de fibras de frutas e verduras aumenta a predisposição ao câncer colorretal.
O segredo é um só: equilíbrio
A prevenção está no equilíbrio e em uma dieta calculada para as necessidades nutricionais de cada indivíduo.
“Frutas e verduras são preventivas. O licopeno, presente em alimentos vermelhos como tomate, melancia e goiaba, e os amarelos e alaranjados ricos em vitamina A como mamão, cenoura e laranjas, essas ricas também em vitamina C, incluindo acerola, caju e limão, possuem um efeito protetivo para o organismo. O mesmo vale para as folhas escuras e a beterraba, excelentes fontes de antioxidantes”, ensina o nutricionista.
Outro ponto de atenção é a ingestão de água. “A hidratação é um fator importante para a manutenção da saúde e, naturalmente, para a prevenção de doenças como o câncer”, lembra o professor do UniCuritiba.
A receita para manter a saúde é simples: consumir alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e leguminosas, reduzir os produtos ultraprocessados e o açúcar, respeitar a cultura alimentar local e incluir alimentos regionais no cardápio. Neste caso, vale a velha máxima de “descascar mais e desembalar menos”.
Para completar, finaliza Jhonatan, é necessário praticar atividade física regular, manter o peso adequado, evitar álcool e cigarros.

Fonte: Mem Comunicação

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