O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo (CBHPF) realizou nessa quarta-feira, 5 de julho, a primeira reunião de trabalho com a nova diretoria constituída, que tomou posse há cerca de um mês. A atividade também marcou a retomada dos encontros presenciais, já que desde o início da pandemia eram feitos de maneira virtual. A reunião ocorreu no auditório da UPF Online, Campus I da UPF, e teve a presença dos novos integrantes do Comitê e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura.
Representante da UPF no Comitê, a professora Dra. Clovia Mistura comenta que cerca de 30 municípios possuem nascentes e águas que vão para o Rio Passo Fundo. “A UPF participa desde as comissões pró-comitês, em meados de 1990. Sempre tivemos um papel importante como universidade comunitária, pois tudo que acontece em termos de outorga de poço artesiano, efluentes, uso de água na bacia é o Comitê que opina e delibera, é uma instância importante de discussão comunitária, em que todas as pessoas podem fazer parte”, afirma.
O presidente do Comitê Rio Passo Fundo, Ademar Marques, disse que o desafio agora é retomar as atividades presenciais, que permitem uma relação mais próxima com os participantes. “Há pautas que estamos bastante atrasados enquanto RS, considerando o restante do país, então precisamos avançar nisso e entender que não há incompatibilidade com o processo de desenvolvimento econômico e proteção ambiental, muito pelo contrário, todas as atividades passam pelos recursos hídricos, então é fundamental termos essa consciência que todos os atores e setores precisam proteger os nossos recursos e gestar de forma mais adequada”, comentou Ademar, que representa a Agenda 21.
Luciano Cardone, diretor de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, apresentou dados e informações sobre a estiagem no estado, a evolução das outorgas na bacia do Rio Passo Fundo e outros assuntos relacionados ao tema. “Esse é um dos principais e mais atuantes comitês que temos na região Norte do estado, pois tem plano de bacia já implementado com regras bem estabelecidas de vazões a serem outorgadas, ou seja, as vazões que são permitidas que os usuários utilizem para suas demandas. Isso consta no plano de bacia e o do Rio Passo Fundo é um dos exemplos que temos para nortear a melhor gestão do uso dos recursos hídricos e conseguir atender aos usos múltiplos, que é uma das direções que se tem quando se fala em política de gestão de recursos hídricos”, pontuou o diretor.
Presente no encontro, a diretora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da UPF, professora Dra. Adriana Bragagnolo destacou que a Instituição está sempre à disposição para debater e promover ações voltadas a esse assunto. “A UPF, historicamente, apoia e oferece tanto a estrutura física, quanto científica e técnica, para que todo esse projeto tenha continuidade. Estar aqui é estar com pessoas, estudantes, pesquisadores, extensionistas para discutir temáticas e essa é uma das questões mais importantes para se olhar enquanto humanidade, para pensar o quanto se reverbera nos nossos processos de vida e comunidade”, comentou.
O Comitê está com vagas abertas para quem tem interesse em fazer parte. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail cbhpf@upf.br.
Foto: Caroline Lima